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Assim que o feriado de quarta-feira de cinzas acaba, diversos profissionais já começam o trabalho nas escolas de samba para a festa do ano seguinte. Tema, samba-enredo e fantasias são pensados e preparados com muita antecedência, já que o intuito é chamar atenção na avenida e se tornar a escola campeã.  O Carnaval de São Paulo, além de possuir 34 escolas de samba, também conta com os bloquinhos de rua, que começaram a crescer bastante nos últimos anos e, hoje, chegam a quase 500 espalhados pela cidade. A junção dessas importantes atrações fez com que a folia paulistana se tornasse uma dos maiores do país, movimentando cerca de R$ 730 milhões de reais em 2018, segundo dados do Observatório de Turismo e Eventos da SPTuris. O Carnaval do Brasil une diversas pessoas de diferentes culturas, costumes e  vivências. Por aqui, você vai conhecer essa festa além da avenida.

Preparação para o Carnaval

Preparação para o Carnaval

LINHA DO TEMPO DO SAMBA

O samba nasceu no Rio de Janeiro e é considerado uma das principais manifestações culturais brasileiras. “A gente tem que pensar que o samba ele vai surgir enquanto um gênero musical que marca a transição do Brasil imperial pro Brasil republicano, tendo como evento histórico fundamental o fim da escravidão no país”, realça o professor de história e especialista em músicas populares brasileiras, Rainer Gonçalves Sousa.  Com o tempo, o ritmo vai se estruturando e conquistando diversos artistas, que deixaram sua marca e influenciaram outros sambas que viriam. O gênero musical sofreu diversas modificações e crises em meio aos novos ritmos que surgiram, mas nunca perdeu sua essência e importância. Nessa linha do tempo, separamos em décadas as principais informações. Você pode aprender e, ao mesmo tempo, curtir o samba que mais representa cada fase.

ANOS 10

O samba (ou semba) começou nas festas de canto e dança dos baianos da Cidade Nova. As canções mais representativas e que deram início a esse ritmo, que mescla cantoria com dança, foram: "Pelo Telefone" de Donga e Mauro de Almeida (1916), "Juro" (1929) e "Gosto que me enrosco" (1930) de Sinhô.

ANOS 20


Os ex- escravos foram se instalando nos morros e subúrbios cariocas e criaram outro tipo de samba: mais longos, menos festeiros. Não eram feitos para danças. Nisso, fundaram a primeira escola de samba, chamada Deixa Falar, que desfilou pela primeira vez em 1926. "Se você jurar" de Ismael Silva, Nilton Bastos e Francisco Alves é um dos sambas representantes dessa época, composto nos anos 1920.


A Era de Ouro da canção popular. O samba vira a ritmo nacional. O desfile das escolas se oficializa. Todos os compositores devem contribuir para o repertório carnavalesco, sejam brancos, negros, de classe média ou baixa. Nesta época, Carmen Miranda e Mário Reis viram os ídolos do rádio. "Na batucada da vida" de Ary Barroso e Luiz Peixoto e "Palpite infeliz" de Noel Rosa são os sambas que marcaram essa época. 

ANOS 30

ANOS 40

Ainda que as escolas de samba crescam devagar, as músicas de carnaval passam a ser divulgadas na Rádio Nacional. O samba de carnaval vive durante a Segunda Guerra Mundial e seguiu assim. Todo cantor tem que gravar ao menos um disco dedicado ao carnaval. Os sambas representativos dessa época são: "Ai, que saudades da Amélia" de Ataulfo Alves e Mário Lago, "Aos pés da cruz" de Zé da Zilda e Marino Pinto e "Falsa baiana" de Geraldo Pereira.

ANOS 50

O samba mais romântico se destaca nessa época. O ritmo mais tradicional acaba por resistir, mas apenas no carnaval. O samba-canção compete com o bolero e o fox nos bailes, clubes e casas de família. Alguns compositores consideram esse estilo de samba americanizado, muitos o chamaram de "sambolero". Grandes exemplos de sambas dessa época são "Canção de amor" de Elano de Paula e Chocolate, "Vingança" de Lupicínio Rodrigues e "A noite do meu bem" de Dolores Duran. 


Nesta época, as escolas de samba começam a decolar. O samba-enredo surge e passa se adaptar. Martinho da Vila torna-se o primeiro intérprete, em muito tempo, a fazer sucesso com o samba. Com o tempo, outros sambistas de escola vão ganhando seu espaço. A censura, imposta pela ditadura, atinge o samba em 1968. "Apesar de você" de Chico Buarque, "O mestre-sala dos mares" de João Bosco e Aldir Blanc e "As rosas não falam" de Cartola são sambas marcantes dos anos 70. 


A chegada da bossa nova acaba por atrair a revalorização do samba. Várias canções desse novo ritmo acabam virando sucesso mundial. O samba tradicional vai retornando por meio de eventos, como o Zicartola, além de shows históricos como o "Opinião" e "Rosa de Ouro". Alguns sambistas como Cartola, Ismael Silva e Nelson Cavaquinha voltam a produzir. "Chega de saudade" de Tom Jobim e Vinicius de Moraes e "O barquinho" de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. 

ANOS 60

ANOS 70

ANOS 80


O samba tradicional segue seu caminho. Surgem Almir Guineto e Zeca Pagodinho com um novo estilo de samba, que coloca o banjo e o tantã no lugar do surdo. O grupo Fundo de Quintal também é representativo nessa época. "Coisinha do pai" de Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila e Jorge Aragão surge em 1979. 

ANOS 90

Os jovens compositores tomaram conta do samba nos anos 90. Os veteranos se apresentavam ao lado dos novatos, como se fossem fada-madrinha. Teresa Cristina, Moyseis Marques e o grupo Casuarina são alguns dos nomes que fizeram o novo som da Lapa, que a essa altura já respirava samba. Os grupos de pagode continuam fazendo sucesso e o funk surge nos bailes, mas não se mistura com samba. "Cheia de manias" de Luiz Carlos e "Essa tal liberdade" de Paulo Sergio Valle e Chico Roque são sambas marcantes dessa época. 

ANOS 2000

Cantores do Cacique de Ramos como Arlindo Cruz, Jorge Aragão e, sobretudo, Zeca Pagodinho alavancaram suas carreiras a partir dos anos 90. Surge o pagode romântico e o paulista. Como forma de não serem confundidos, os cantores do Cacique começam a utilizar "samba de partido alto" ou "samba de raiz" para manter o samba vivo. "Deixa a vida me levar" de Serginho Meriti e Eri do Cais, "Nomes de favela" de Paulo César Pinheiro e "Beijo sem" de Adriana Calcanhotto são músicas marcantes dessa época. 

COMO NASCEM AS FANTASIAS?

Tudo começa com a escolha do tema que a escola de samba levará para o próximo ano que, muitas vezes, são ideias pensadas há anos. O que está presente no enredo, os carnavalescos devem representar nas fantasias e assim é feito o esboço dos figurinos. O carnavalesco e figurinista Diego Motta, de 29 anos, destaca que é feita uma pesquisa aprofundada sobre o tema, buscando referências que ajudam na construção criativa dos figurinos. “Cada um busca mecanismos diferentes para a criação. Uns usam a internet, outros usam os livros e têm alguns que preferem criar da própria imaginação”, afirma.

 

De acordo com o que foi pesquisado, as ideias são passadas para o papel. A linguagem visual é criada a partir das cores e dos efeitos que os carnavalescos desejam para o desfile. Usar a criatividade e sair do óbvio são os quesitos mais importantes.

 

Feita a criação, hora de tirar as ideias do papel. Todos os detalhes artísticos que o carnavalesco imagina serão colocados nas peças piloto: cores, tecidos, plumas, brilhos etc. Elas são produzidas para ajudar o carnavalesco a visualizar melhor o que foi desenhado anteriormente, quais serão os materiais usados e se será possível alcançar todos os efeitos que ele deseja. Decidido os materiais, as peças também irão determinar o custo para a confecção das fantasias e a organização que precisará ser feita pela escola de samba.

 

Além de cada escola de samba possuir suas próprias particularidades, é necessário pensar em todos os pontos que podem influenciar na produção e no desfile: a escolha de materiais, subsídio, tempo de desfile, número de alas e componentes e o quanto tempo ainda possuem até o grande dia.

 

Os materiais utilizados são, na grande maioria, importados de outros países, sobretudo da China, como a parte do acabamento das fantasias: penas, brilhos e fitas. Por isso, as escolas de samba devem se preparar muitos meses antes para a produção. Quem não tem tanto dinheiro para novos materiais, investe de outras formas. O que antigamente não era visto com bons olhos, principalmente pelos jurados, hoje já virou cultura.

 

Diego Motta afirma que a maioria das escolas reutilizam os materiais para o próximo ano com o grande objetivo de economizar tempo e dinheiro. “O carnaval vive de prazo e de grana, e essas são duas economias extremamente importantes para a escola de samba”, destaca. A reutilização de partes das fantasias quase sempre passam despercebidas: pintam de outra cor, adicionam brilho, colocam mais penas e uma nova fantasia está pronta.

 

Para o processo de execução dos figurinos, a maioria das escolas de samba contratam serviços terceirizados, como os ateliês especializados em figurinos carnavalescos. Esses lugares de produção, ao mesmo tempo que trabalham em conjunto com o carnavalesco tentando atender todos os seus desejos, também trabalham juntamente com a diretoria das escolas para saber sobre os custos e até onde podem chegar com a escolha dos materiais.

 

É de se esperar que os membros do ateliê se inspirem e tenham a liberdade de criar belas peças, mas não é só isso que importa. Geralmente, os desejos da diretoria e o carnavalesco dão mais atenção à beleza, então é necessário que a equipe do ateliê pense no conforto das pessoas que irão vestir as fantasias. Estar atento somente à beleza, talvez deixe que a fantasia seja confortável, isso faz com que algumas modificações sejam feitas ao longo da execução.

O trabalho minucioso da produção de fantasias deve ser feito com muito estudo e cuidado de todas as áreas envolvidas no processo mas depende também da organização das escolas de samba. Está muito enganado quem pensa que o carnaval é pensado poucos meses antes do desfile. As fantasias, sobretudo, começam a ser elaboradas muito antes do que se imagina.

ESCUTE AQUI O SAMBA ENREDO DA

ESCOLA GAVIÕES DA FIEL EM 2019

GERAÇÕES

“Gerações no Carnaval” é o nome do documentário que conta sobre a vida da família Martos que, desde 1968, vive grandes histórias na escola de samba de São Paulo Gaviões da Fiel. Quem trouxe a paixão pelo carnaval e também pela escola foi a dona Mercedes Martos que hoje em dia, já falecida, ainda consegue inspirar sua filha e seus netos.  Nosso documentário busca relembrar histórias de Mercedes e também momentos vividos pela sua filha, Doroty Aparecida e seus netos, Bruno e Marcos Aurélio. Ficou curioso? Então conheça mais sobre essa bela história que encanta a quadra da Gaviões da Fiel assistindo ao nosso documentário.

O Samba entre Gerações

O Samba entre Gerações

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Você acha que o carnaval é uma festa que só acontece no Brasil? Então você vai se surpreender. A folia está presente em vários países do mundo. Entretanto, cada nação possui uma forma diferente de comemorar essa data: No Equador, a festa dura duas semanas. Já no Canadá dura 17 dias e é ideal para quem curte frio e neve, pois acontece no inverno. O Japão é um país que tem muito samba no pé, assim como o Brasil. Já a Alemanha possui um grande diferencial: tem sua abertura no dia 11/11 as 11:11:11. Na França, você vai ver bonecos gigantes invadindo as avenidas. Ah, não podemos esquecer do Carnaval de Aruba, que acontece do ladinho do mar. Países como o México, Estados Unidos, República Dominicana e Itália também comemoram essa festa! 

Quer descobrir qual o seu carnaval favorito? Aperta o play e escuta o nosso podcast!

Carnaval Mundial - Carnaval Além da Avenida
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A época do carnaval é muito significativa para ganhar um dinheirinho extra. A festa oferece diversas oportunidades de rechear a conta fazendo diversos tipos de trabalhos. O coordenador do Núcleo de Economia Criativa da ESPM, João Luiz de Figueiredo Silva, confirma essa tese. “Como o carnaval é uma época de folia, as pessoas são mais dispostas a gastar. Então, se você tem alguma atividade que está associada a este momento É a hora de apostar”.

O carnaval faz parte da economia criativa, além de ser uma indústria que move todo o setor de entretenimento, movimentando cerca de 4% do PIB do país. “O que é um número bastante considerável”, conclui.

 

Segundo o mestre em economia Lauro Barillari, professor da Fundação Oswaldo Cruz, os dias de momo  envolvem expressão artística, que tem como fonte a criatividade e as habilidades, dando origem a produtos e serviços que geram riqueza na economia criativa. “A concentração de negócios está em alimentos, bebidas e serviços de hospedagem. Portanto, soluções criativas nessas áreas são o grande destaque” afirma.

A biomédica Thais Vieira, É dona de uma loja de roupas femininas em São Caetano do Sul, no ABC Paulista. Ela começou seu negócio graças ao carnaval de 2018. “Comecei a produzir fantasias em casa. Algo simples, saias de tule para a criançada e bodies decorados com personagens infantis e unicórnios”. A empreendedora percebeu que podia viver daquilo. “Estendi a produção e hoje tenho minha loja”.

Thais também conta que teve um aumento de 20% na sua renda mensal com essas vendas e que está preparando roupas personalizadas com nome ou user do Instagram para o carnaval de 2019.

 

André Oliveira, estudante de engenharia civil, de Santo André, também seguiu essa onda e focou seu negócio em uma necessidade humana: a sede. “Eu e mais cinco amigos fomos para um bloquinho na Vila Madalena, em São Paulo, com um isopor lotado de água e uísque”. Enquanto curtiam o  rolê, o estudante e seus amigos venderam todas as bebidas. “Deu muito certo nossa brincadeira. Fizemos isso o resto do feriado, aproveitamos os quatro dias de festa assim” conta.

André, que na época estava desempregado, faturou cerca de R$ 100 reais por dia e diz que pretende repetir o negócio no carnaval do ano que vem.

 

Confira algumas dicas do professor da ESPM João Luiz de Figueiredo Silva sobre como ganhar um dinheiro extra no carnaval no playler ao lado.

 

ESCOLAS DE SAMBA DE

SÃO PAULO

Ao todo, são 14 escolas de samba no grupo especial de São Paulo. Cada escola possui o seu barracão e sua quadra, onde realizam eventos e ensaios, que chamam a atenção pela alegria e pelo ritmo contagiante. Os eventos acontecem durante o ano inteiro e são uma forma de arrecadar dinheiro para o próximo desfile. São feitas feijoadas, shows beneficiantes, festas e muito mais. As fantasias também são apresentadas nesses encontros. É uma folia fora do carnaval. Quer curtir esses eventos e ajudar as escolas de samba com a arrecadação de dinheiro? Confira o endereço de cada uma delas no nosso mapa interativo e demais informações relevantes sobre as agremiações. 

VOCÊ CONHECE ESSE 

CARA?

Nascido em São Paulo, Aílton Graça é apaixonado por carnaval e chegou a conquistar o posto de mestre-sala e coreógrafo das escolas de samba Gaviões da Fiel e X-9 Paulistana. Inclusive, já vivenciou diversas situações nas avenidas carnavalescas e fora delas, pois também mostrou seu amor pelo carnaval como comentarista dos desfiles. Ao longo de sua jornada, trabalhou como camelô e vendedor, porém, foi no teatro que encontrou sua vocação. Quer saber mais sobre esse ídolo do carnaval? Leia a nossa entrevista Ping Pong.

Carnaval Além da Avenida: Como você entrou no mundo do carnaval?

Aílton Graça: Eu via minha família que montava cordão carnavalesco na Bahia e era muito atuante nas questões folclóricas. Quando foram morar em São Paulo, a primeira coisa que minha família fez foi comprar instrumentos para montar uma escola de samba. Antes disso, quando não tinham as escolas de samba, a gente circulava pelo bairro batendo em algumas latas de panelas, cantando algumas folias.

 

CAA: Qual foi o melhor desfile da sua vida?

AG: Nossa, tem vários. O desfile que não ganhou da Portela, que eu tive meu rosto esculpido num carro alegórico. Eu tava fazendo a novela Império, e o presidente da Portela na época, o Falcon, pediu para esculpir meu rosto num carro alegórico porque eu tava fazendo o personagem Xana e eles iam fazer uma homenagem para a Madame Satã. E assim, o meu rosto foi esculpido naquele carro, eu fui em cima do carro e teve toda a Marquês da Sapucaí gritando meu nome. Foiuma emoção única.

 

CAA: Qual a importância do carnaval na sua vida?

AG: O que eu mais gosto na estrutura do desfile de carnaval é que em sua maioria ainda as pessoas que desfilam são pessoas anônimas. Em sua maioria, pessoas periféricas, pessoas que moram no morro e que preservam essa grandiosa festa popular. Nesse dia elas são protagonistas. É uma festa única, onde nesses três á quatro dias, as pessoas extravasam todas as suas mágoas, as suas dores, descarregam todas as energias e recarregam as baterias.

Para mim o ano começa depois do carnaval

CAA: Carnaval paulista ou carioca?

AG: São duas particularidades, mas eu vou optar pela estrutura do carnaval do Rio, que é cultural. Todas as pessoas aqui [no Rio], elas cultivam o carnaval, a estrutura do carnaval. Então, independente da época, você vai ver pessoas treinando passos de dança, vai ver pessoas treinando instrumentos ou cantando sambas em roda. Eles vivem toda essa estrutura do samba. É um traço cultural do povo carioca.

CAA: Qual fantasia mais estranha que você já usou?

AG: Mais estranha? Nossa, pensando aqui agora, não chega a ser uma fantasia mas também é uma fantasia. Na Independente do Jardim Milha, foi a primeira vez que ninguém me viu, porque eu fui dirigindo um carro alegórico. Então eu estava dentro do carro  e através de uma janelinha eu via todo o desfile. Então a minha fantasia era, na verdade, o carro alegórico

CAA: O samba para você em uma palavra, uma frase.

AG: Ágora. Uma grande ágora.

CAA: Sua melhor e mais marcante lembrança no carnaval

AG: Nossa senhora, que difícil. Eu acho que o encontro com o mestre sala da escola Camisa Verde e Branco, que é o Manezinho, e o Delegado que era o mestre sala aqui do Rio. A primeira vez que eu encontrei com essas pessoas foi marcante.

CAA: Alguma coisa que te marcou no lado negativo

AG: Que difícil em, pergunta bem difícil.

Eu vi coisas tristes na avenida, tem várias. A mais triste de todas foi uma escola de samba que não desfilou a tradicional ala das baianas, porque as roupas não chegaram a tempo.

CAA: Na sua opinião, o que deve melhorar no carnaval ainda?

AG: A cultura do samba. O samba por si só ele vai agregando vários comportamentos ao seu redor, ele acontece de forma híbrida. Então, assim que agrega novos hábitos populares, vai agregando a sua estrutura. Falta perceber isso. Tem que deixar o momento de resistir e tentar entender que o que há de mais moderno, aliás, o que há de mais tradicional é o que vai linkar as escolas de samba com o seu lado contemporâneo, vai deixar ela mais atualizada com algumas coisas que acontecem.

CAA: Como que consegue conciliar os ensaios com a vida profissional?

AG: Sei lá como é que eu consigo fazer isso, eu não tenho a menor ideia como é que isso de dá (risos). Eu deixo o samba me levar e ele acontece, ele vai acontecendo. São coisas que eu gosto de fazer. Então quando vou ver, eu já estou fazendo. Não é uma algo forçado, é vivenciar, eu vivencio isso durante o ano todo. Não é porque acabou o desfile da escola de samba que eu vou deixar, eu continuo vivenciando isso durante a quaresma. Eu falo pra todo mundo, o carnaval não me abandona!

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A ideia de trio eletrico surgiu nos anos 40, na Bahia, por Adolfo Nascimento, conhecido como Dodô, e Osmar Macedo que lançaram o "pau eletrico": o primeiro instrumento eletrificado. Em 1951, os amigos formaram um trio com Temístocles Aragão e durante o carnaval saíram às ruas de Salvador tocando seus violões elétricos em cima de um caminhão. Dai nasceu o trio elétrico.

Para explicar a composição de um trio elétrico, nosso grupo se baseou no Demolidor Y, da cantora Ivete Sangalo, um dos maiores do Brasil. O nome é em homenagem a geração atual, da internet, formada por quem nasceu nas décadas de 80 e 90. 

De acordo com Alan de Araújo, analista de atendimento comercial da empresa produtura MB Produções, toda a composição do trio é relacionada com a tecnologia Apple, ele é feito de alumínio branco e os cantos são arredondados se referem aos eletrônicos da marca.

"Em 2019 o trio completará 10 carnavais, está avaliado em pouco mais de 2 milhões de reais e é o único Trio premiado por 3 vezes consecutivas com o Troféu Castro Alves de Melhor Trio Elétrico do Carnaval de Salvador" completa o analista.

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COMO FUNCIONA UM

TRIO ELÉTRICO?

CARNAVAL ECONÔMICO

E SUSTENTÁVEL

A sustentabilidade e a economia têm caminhado juntas na preparação para o carnaval, seja na escolha de materiais ou na forma de construir carros alegóricos e fantasias. A transformação dos adereços já utilizados anteriormente vem virando rotina nas escolas de samba em busca de economizar e atuar a favor do meio ambiente. Escolas como Acadêmicos do Tatuapé e Independente Tricolor, tem espaço reservado para fantasias usadas em outros anos, as agremiações priorizam também penas e plumas possíveis de descolorir e pintar.

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CHAMA DE GLITTER

E eu? Nada podia fazer. O que me restava era ver o fogo queimando a maioria das alas aos poucos. Meu corpo esquentava cada vez mais e ardia, eu só queria que tudo isso fizesse parte do nosso espetáculo.  

O brilho virou pó. Os tecidos se desmancharam com tanta facilidade. Cada parte da nossa escola foi acabando. A noite estava se tornando a mais memorável e desesperadora possível.

Os bombeiros chegaram e, em 20 minutos, conseguiram controlar as chamas que quase me destruíram por completo. Foi nesse momento que consegui ver claramente o que tinha acontecido. Em questão de minutos, todo o trabalho havia sido perdido.

Noventa por cento das fantasias que estavam dentro de mim foram perdidas. Os olhos que corriam atrás do trabalho aqui deixado se encheram de lágrimas e, a cada passo dado, era uma balançada na cabeça. A indignação tomava conta de todos. De mim também.

Os integrantes entravam limpos e saiam sujos, cobertos de pó preto. Carregavam parte da nossa comunidade nas costas por amor ao pavilhão e a história aqui deixada. O que queríamos era conseguir novamente todas aquelas notas 10. O coração e o berço da nossa escola ficaram desolados só de pensar que não daria tempo de refazer tudo.

Juntos, como uma família, tivemos uma força motivadora muito forte. Dia após dia, a Acadêmicos foi reconstruindo tudo que havia sido perdido e a esperança foi surgindo.  O que nos ajudou ainda mais foi o mutirão de voluntários. Muitas coirmãs doaram materiais e se disponibilizaram para emprestar fantasias no dia do desfile.

Nossa linda porta-bandeira, Waleska Gomes, conta até hoje como foi a experiência vivida e como a solidariedade de todos fez nosso carnaval melhor:

- Nós tivemos o apoio de muitas coirmãs. Muitas pessoas perguntavam se eu precisava de pena, se eu queria usar a fantasia na sexta e devolver no sábado. Falavam também que estavam à disposição para fazer minha roupa e  que eu não iria ficar sem fantasia.

No último ensaio técnico, os mestres-salas e porta-bandeiras das escolas de samba de São Paulo foram nos apoiar na quadra da Acadêmicos. As lágrimas de decepção se transformaram em sorrisos e cada batida na bateria dava um arrepio no corpo.

Era o nosso renascimento.

Essa foi uma lição de vida muito grande. Aprendemos, de uma vez por todas, que a rivalidade é realmente só depois da faixa amarela.  

Vejo cores o ano todo. Estilistas e seus desenhos entram e saem a todo instante do meu interior. As mãos correm entre os tecidos de uma forma tão suave, como se eles pudessem se quebrar. O grande dia está chegando, e o suor começa a escorrer pelos rostos cansados. Já a grande sensação, as fantasias, são motivos de orgulho:

- Ficou perfeita. Vamos ser campeões esse ano!

Eu sou um galpão de dois andares usado como ateliê da Acadêmicos do Tucuruvi, há 7 anos. Sei de cada segredo e de cada detalhe das alas presentes na avenida. Me considero sortudo. Os trabalhadores, exaustos, apagaram as luzes e foram embora. No outro dia todos voltariam logo cedo. O que ninguém esperava era que Uma Noite no Museu, nosso tema do carnaval do ano, seria completamente diferente do imaginado. Foi inesquecível!

Quinta-feira, 4 de janeiro de 2018. Comecei a sentir o meu interior queimando. Em chamas, via as plumas e tecidos se desmanchando. Via o suor das mãos e o trabalho de um ano inteiro sendo completamente destruído pelo fogo. Do lado de fora, gritavam:

- Fogo! Fogo! Alguém faz alguma coisa! Nossas fantasias estão lá dentro.

Muitas fotos minha foram tiradas e enviadas em grupos do Whatsapp. Muitas ligações com voz de choro foram feitas:

- O barracão pegou fogo, queimou tudo.

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Carnaval, música popular e história. Esses assuntos estão muito ligados e marcam presença no nosso dia a dia mesmo que sutilmente. Apesar disso, há quem não saiba muita coisa sobre esses temas. Será que você sabe? Faça o nosso teste e descubra qual o maior bloco de São Paulo ou até mesmo qual a música mais antiga do carnaval. Confira também quando vai cair a folia em 2019.

AS MUDANÇAS QUE 

O DESTINO RESERVA

O carnaval é uma festa muito esperada por milhares de pessoas. Muitos marcam viagens, combinam com os amigos de participar de bloquinhos e compram fantasias para desfilarem por todas as ruas da cidade escolhida. O que poucos sabem é que por trás de toda a beleza das tiaras, arcos, bodys e saias usadas pelos foliões durante a festa, pode haver uma história de vida a ser contada. Então, convido vocês a conhecerem a a Renata Queiroz, dona da marca Sassaricando, que largou o emprego em multinacionais para fazer roupas e acessórios carnavalescos com a ajuda de mulheres vítimas de violência doméstica. Borá lá?

São quatro e meia da tarde. As ruas se enchem e transformam aquele lugar, que antes era cinza, num ambiente cheio de alegria e muitas cores. As pessoas sorriem, dançam, conversam e fazem questão de mostrar as fantasias e acessórios planejados vários dias antes do início das comemorações.

 

A rua inteira para o que estava fazendo e olha para a direita. É bloco Bangalafumenga chegando. A ansiedade dos que esperavam o carro alegórico na Avenida Brigadeiro Faria Lima começa a ganhar trilha sonora. É música de carnaval!

 

No meio de diversos instrumentos musicais é possível ver uma moça loira, de sorriso fácil, que chama a atenção de diversas pessoas que frequentam a festa. Quem vê aquela paulistana tocando tamborim não faz a menor ideia de todas as memórias que carrega em sua cabeça. E o mais interessante, a maioria dos foliões não têm ideia de que podem estar levando um pouco da história da moça nas fantasias que estão trajando.

 

Renata Queiroz tem 37 anos e um milhão de histórias para contar. Os olhos claros brilham ainda mais, demonstrando a paixão que há naquilo que está fazendo, e principalmente pelo carnaval. Já passou por grandes mudanças na sua vida, mas seu vínculo com a festa, que vêm desde a infância, sempre demonstrou qual era o seu destino.

 

A relação com o evento começou cedo, quando a avó Iracema costurava suas roupas para serem usadas na Banda Bandida, um bloco que passava no Brooklin, criado pelo seu tio-avô. Esse amor não é à toa. Ela cresceu vendo o pai tocar pandeiro nas rodas de samba dos amigos, e a mãe, super foliã, sempre acompanhava todos os blocos.

 

Nem sempre a música “Ó Abre Alas” pode ser a trilha sonora de sua vida profissional. Renata é advogada formada pela Universidade Pontifícia Católica (PUC), atuando 14 anos em multinacionais, como Pepsico, Lenovo, IBM, Volkswagem.

 

Mesmo feliz com o trabalho, ainda sentia que faltava algo em sua vida, mas os pensamentos tradicionais acabavam dificultando essa decisão. “A gente as vezes fica muito preso nos padrões como se fossem os únicos. Ir para escola, depois ir para a faculdade, depois achar um bom emprego em uma boa empresa e fazer carreira nessa empresa”.

 

Inicialmente, deixar o trabalho era algo fora de cogitação até que uma viagem de férias para Ásia abriu a sua mente, permitindo que pudesse enxergar novas formas de viver e trabalhar. “Conheci muita gente na minha viagem de férias que trabalhava seis meses por ano e viajava os outros seis, que tiravam sabáticos longos em qualquer idade, que eram nômades digitais e isso sim influenciou para que eu tomasse uma decisão”.

Quando voltou da viagem, largou o emprego anterior. A única certeza é que não poderia ser a “Renata de antes”. Ouviu conselhos como “você é louca”, “você nunca mais vai ser empregada”, mas a decisão já estava tomada.

Geminiana com ascendente em libra, mudar totalmente o rumo de sua vida nunca foi um problema. Sem ter certeza do que queria para a sua vida, tirou um ano sabático e visitou mais de 30 países diferentes.

 

Durante essa experiência entendeu o que realmente era ser feliz, talvez esse seja o motivo do sorriso que não sai de seu rosto. Passando por diversas culturas, viu o quanto as mulheres gostam de resgatar suas belezas e se adornar. Mesmo que ela não tivesse essa certeza na época, essa seria uma das principais inspirações para o futuro emprego.

 

Após retornar do ano sabático, e sem saber para onde seguir, Renata recebeu uma proposta para voltar a trabalhar na empresa alemã SAP. E o melhor, ganhando mais. Descrente se era isso mesmo que desejava para sua vida, ela aceitou o emprego. “Foi bom por um lado ter trabalhado esse um ano para ter certeza que não era isso que eu queria”.

 

Quando pediu demissão, sabia que precisava arrumar uma nova forma de ganhar dinheiro. Houve várias tentativas fracassadas de mudar de profissão. Renata ajudou com a parte administrativa do Instituto Aracatu e montou paralelamente uma empresa de carregadores de celular que faliu, perdendo muito dinheiro. Depois de um ano de tentativas falhas, conseguiu encontrar o que realmente daria certo.

 

Como herança de sua avó, aprendeu desde cedo a confeccionar suas próprias roupas de carnaval. As amigas, que sempre admiraram os looks escolhidos por ela para aproveitar a festa, começaram a encomendar fantasias feitas à mão pela carnavalesca, dando a ideia de que ela criasse uma loja para que todos pudessem comprar.

 

Apesar de toda a coragem de empreender, a paulistana achou que esse plano poderia ser ilusão. “Conversei com o pessoal do Banga, perguntei se podia testar porque estava achando essa ideia meio louca, que não daria certo. Eles permitiram e eu levei vinte acessórios no ensaio e vendi os vinte. Foi nesse momento que pensei que a ideia era realmente boa”.

 

Em 2015 a paulistana já passava dia e noite confeccionando roupas para a sua marca que recebeu o nome Sassaricando, em homenagem a marchinha de carnaval. Apesar de todo o esforço, estava claro que Renata não conseguiria fazer tudo sozinha.

 Então, despertada por um desejo antigo, ainda quando estudante, ao fazer estágio no Ministério Público Criminal de São Paulo e ter contato com mulheres em situação de violência, criou uma parceria com a Associação Fala Mulher que acolhe mulheres em situação de violência doméstica e vulnerabilidade social.

A experiência vendo muitos casos de feminicídio foi o que motivou ela a querer dar uma capacitação profissional para essas mulheres. “Quando eu tive que buscar pessoas para trabalhar comigo, eu pensei como eu poderia ajudar mais mulheres com isso, porque não faria sentido pra mim em um primeiro momento buscar mulheres do meu círculo social que talvez não fossem dar tanta importância ou valor pra esse rendimento”.

 

Desde que começou a atuar nessa associação é possível encontrar a paulistana no local, ministrando cursos gratuito de montagem de acessórios que são destinados a sua marca. As alunas que se destacam viram artesã ou pode usar as técnicas para montar a própria confecção e conseguir independência financeira.

 

Essa relação de troca é extremamente gratificante para Renata, pois sua marca nunca teria chegado onde chegou sem essas mulheres. “A gente teve no carnaval de 2017 um pedido da West Wing de 500 peças e elas esgotaram em quarto horas. Pensando em mim sozinha, era impossível que eu conseguisse produzir em um mês 500 peças. Eu teria que nunca mais dormir”.

 

As pessoas que moram em São Paulo e passam pela rua Ferreira de Araújo ficam encantadas pelos produtos oferecidos na Casa 409, nome da loja de Renata. E não é só por aí, é possível acessar a Sassaricando de qualquer lugar do mundo, através da loja virtual.

 

E não é só no Brasil, hoje a marca também tem reconhecimento internacional. As fantasias são utilizadas não só no carnaval, mas também em festivais de música eletrônica pelo mundo inteiro. Além de conquistarem o gosto de famosos como a cantora Karol Conka, a youtuber Alexandra Gurgel do canal Alexandrismos e a blogueira Gabi Oliveira.

 

Renata deixa todos os seus pensamentos de lado e volta a viver aquela sensação especial que é estar tocando tamborim. E o bloco da rua brigadeiro segue, com suas cores, sorrisos, magias e principalmente transformando histórias.

 

“Minha batucada não tem cor. Sou da tribo do tambor. Pra rimar na embolada, desafio o cantador. No baque sou da virada. Bato o surdo tremedor. E o maracatu avisa que o maracatu chegou!”

SONS NO

CARNAVAL

A música é, sem dúvidas, uma das partes mais importantes do carnaval. É ela que torna tudo mais divertido e contagiante. Por isso, não é a toa que artistas de todos os lugares do país esperam por essa época para lançar uma música nova. Nós fizemos uma série de podcasts falando exatamente disso: do som que envolve essa festa tão famosa e querida por nós. 

Dá o play!

Os sambas de protesto

Não é só de folia que se vive o carnaval. O protesto e a crítica social sempre esteve presente nas canções brasileiras, sobretudo nos sambas. Confira na reportagem alguns dos artistas e também escolas de samba que fizeram história ao se manifestar durante os dias de folia. 

O carnaval pelo Brasil

Você conhece os diferentes tipos de carnaval pelo país? No Sudeste reina o funk, no Sul tem até música eletrônica e no Nordeste todos curtem ao som do axé. Ficou interessado? Prepare suas malas e já programe uma viagem para conhecer a festa por todo o país.

Músicas politicamente incorretas

As musicas polêmicas sempre existiram nas festas carnavalescas do Brasil, as famosas marchinhas como “Cabeleira do Zezé” e “Nega do Cabelo Duro” por terem sido criadas num contexto social diferente, eram parte da festa e cantadas sem preocupações. Mas hoje, o espaço para músicas com letras preconceituosas já não é mais o mesmo, as letras tem sido analisadas, questionadas e até mesmo adaptadas para contextos mais atuais.

Sambas enredos icônicos

Não é difícil encontrar brasileiro que não goste de samba, difícil mesmo é encontrar alguém que não conheça pelo menos um refrão de alguns dos sambas enredo mais famosos da história do carnaval. Confira no nosso podcast alguns dos sambas enredos mais conhecidos de todos os tempos!

As marchinhas no carnaval brasileiro

As marchinhas são um estilo de música marcou o carnaval. É um ritmo que representa a verdadeira identidade da folia, tendo, assim, uma grande importância cultural. Nos dias de hoje, as marchinhas não estão tão presentes quanto antigamente, mas ainda deixam sua marca em diversas festas e cidade. Saiba mais sobre esse incrível estilo de música que marcou gerações ouvindo o nosso podcast!

Evolução das músicas carnavalescas

Antigamente, quando havia um determinado ritmo para o carnaval, não eram todos os públicos que iam para a festa. Com a evolução do carnaval de rua, momento que diversos ritmos começaram a fazer parte dos bloquinhos, foi possível atrair pessoas com diferentes estilos musicais. Isso inclui quem gosta de funk, axé, sertanejo e até mesmo punk. Venha entender um pouco mais sobre como funciona o carnaval nos dias de hoje.

O CARNAVAL EM

NÚMEROS 

Curtir o carnaval em São Paulo é fácil, já que o estado fornece entretenimento para todos os gostos durante a folia. A galera se encanta com os desfiles nos sambódromos e extravasam nos bloquinhos de rua.  Mas você já imaginou o quanto isso representa em números? É possível tirar resultados muito curiosos a partir deles.

Sambódromo do Anhembi

 

As fantasias glamourosas e os imensos carros alegóricos parecem ser o suficiente para fazer o paulistano não viajar durante o feriado. Veja só: enquanto em 2016 somente 9,5% dos residentes em São Paulo ficaram na cidade nos dias do carnaval, em 2018, 50% decidiram ficar, todos motivados pelos desfiles que acontecem no sambódromo do Anhembi. Essa pesquisa não aconteceu no ano de 2017. 

Já o sexo predominante no Sambódromo ficou por conta das mulheres. Em 2016, o público feminino representou 69,9%, contra 30,1% do masculino. Em 2018 o número de mulheres diminuiu, mas continuou na frente, com 57,9%. Somente em 2017 que elas perderam para os homens, que representou 51,7% do público do evento.

Além disso, desde 2016, as pessoas com idade entre 40 e 49 anos são as que mais marcam presença nos desfiles do Sambódromo.

Os números mostram que o carnaval paulistano vem chamando cada vez mais a atenção de turistas. O aumento de residentes que receberam amigos e parentes para curtir o carnaval é imenso. No ano de 2016, somente 1,3% dos entrevistados recebeu gente de fora. Em 2017 esse número aumentou para 9,4%. Em 2018, a porcentagem teve um salto de 12% em relação ao ano anterior, ficando em 22%.

A pergunta é: será que a tendência é aumentar cada vez mais?

 

Bloquinhos de Rua

 

Não é novidade para ninguém que os blocos de rua vêm conquistando cada vez mais as pessoas. Eles se tornaram a nova paixão - e febre - dos paulistanos. Nos bloquinhos, a presença feminina também dispara e é absoluta. Em 2016, 66,83% do público eram mulheres. Em 2017, 53,6% e em 2018, 57,5%. Apesar da diminuição em relação a 2016, a porcentagem continua alta.

A faixa etária surpreende: apesar dos adolescentes e jovens adultos parecerem ser a maioria, nos três anos, o grupo predominante foram as pessoas de de 30 e 39 anos.

Você sabe quanto os turistas gastam de dinheiro por aqui? Segundo o mesmo estudo, em 2016, o gasto médio foi de R$ 843 durante todo o feriado. Em 2017, desceu para R$ 517. Já em 2018 o número ficou em R$ 663.

Além disso, dados mostram que em 2016 o carnaval de rua paulistano movimentou cerca de R$ 400 milhões. Em 2018, esse número aumentou para R$ 550 milhões.

E aí, você imaginava que essa festa gerava tantos números? É sempre bom se informar e entender o que passa por trás desse grande evento. Mas não vai andar por aí calculando nada não em. Independente se for no sambódromo ou nos bloquinhos, o que vale é se divertir e curtir o momento!

** Esse texto foi todo escrito baseado nas informações fornecidas pela SP Turis do carnaval paulistano dos anos de 2016, 2017 e 2018.

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9,4%

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9,5%

50,1%

1,3%

22%

2016

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2017

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2018

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2016

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2017

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2018

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843

517

663

OS SIGNOS NO CARNAVAL

Arianos, os briguentos. Librianos, os indecisos. Escorpianos, os vingativos. Taurinos, os esfomeados. A astrologia acabou ficando ainda mais conhecida nos últimos anos. Inclusive, hoje em dia, há pessoas que procuram saber o signo antes mesmo do nome, visto que ele revela muito sobre a personalidade de cada um. O tarólogo, numerólogo e espiritualista André Mantovanni, que já trabalhou na TV Gazeta, explica que o sol, o que popularmente chamamos de "signo", é o principal responsável pelo nosso comportamento mais explícito. "Cada pessoa possui determinada inclinações e determinados traços de personalidade devido ao sol que estava passando em tal consolação quando ela nasceu. Um ariano vai ser diferente de um taurino, que vai ser diferente de um geminiano e assim por diante". 

Em relação a essas características astrológicas no carnaval, André fala que essa forma de comportamento vai refletir no cotidiano e no dia-a-dia. "No primeiro respiro de vida é como se o céu tivesse uma configuração que verberasse dentro da nossa vida, dentro da nossa alma e dos nossos corpos. Isso ajuda a moldar a nossa personalidade. Fora isso, nós, astrólogos, acreditamos que o mapa traz lembranças de vidas passadas, principalmente no que remete ao comportamento e a situações que a gente vai vivenciar ao longo da vida, resumindo, nosso destino. Por isso que, não só em eventos comemorativos e festividades, é propício que cada signo possua uma reação diferente".

Agora que entendemos porque os signos reagem de formas diferentes, que tal descobrir como o SEU signo se comporta na maior festa do Brasil, o Carnaval? Da o play!

OS SIGNOS NO CARNAVAL
Carnaval Além da Avenida

OS SIGNOS NO CARNAVAL

Rainhas da Bateria

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Bruna

  • Instagram - Black Circle

Eu sou a Bruna, tenho 20 anos, sou libriana e minha cor preferida é rosa. Pra mim, o mais importante do carnaval é a socialização entre diferentes classes e ideias. Nessa festa todos viramos um só e curtimos sem olhar as diferenças! Além disso, gosto das musicas e amo dançar 

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Ana

  • Instagram - Black Circle

Eu sou a Ana, tenho 20 anos, sou ariana e minha cor preferida é verde. Pra mim, o mais legal e importante no Carnaval é toda diversidade que ele reúne, desde crenças religiosas, diferentes classes, sexo, cor, times e a pluralidade cultural de um só país. O que mais gosto é assistir o desfiles das escolas de samba.

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Nath

  • Instagram - Black Circle

Eu sou a Nathalia, tenho 20 anos, sou ariana e minha cor preferida é preto. Acho que o mais importante do carnaval é como a festa reúne todo mundo. Independente se for em um bloquinho de rua, em uma avenida ou em uma festa de salão, todas as pessoas estão dançando e se divertindo. Carnaval é alegria.

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Gaby

  • Instagram - Black Circle

Eu sou a Gaby, tenho 20 anos, sou pisciana e minha cor preferida é amarelo. Pra mim, o carnaval representa uma época de boas energias, felicidade, diversidade e cultura. É para todos e é isso que o torna mais especial. Gosto de curtir e saber mais sobre as diferentes formas de comemorar essa folia.

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Ju

  • Instagram - Black Circle

 Meu nome é Juliana, tenho 21 anos, sou capricorniana e minha cor preferida é roxa. Para mim, o carnaval tem se tornando cada vez mais uma festa que alegra e integra todos os tipos de pessoas, até mesmo quem diz não gostar. Independente de qual seja a curtição, é uma das minhas festas preferidas!

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Ro

  • Instagram - Black Circle

Eu sou a Roberta, tenho 20 anos, sou taurina e minha cor preferida é verde. Acho que o mais importante do carnaval é como a festa inclui todas as classes sociais. O ano só começa depois do carnaval, então é época de recarregar as baterias e de recomeço.

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Bia

  • Instagram - Black Circle

Eu sou a Bia, tenho 21 anos, sou virginiana e minha cor preferida é rosa. Carnaval significa festa, alegria, diversidade e é a cara do povo brasileiro. Pra mim, os bloquinhos de rua são a melhor forma de curtir o feriadão com meus amigos.

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